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O castelo do Camelo.

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Sistema Eleitoral: Oh Partido Socialista! Explica-me lá!

Oh Partido Socialista! Explica-me lá, como é que se pode passar a ter um sistema de ciclos uninominais, sem diminuição da representatividade, como defendes no teu Programa Eleitoral.



Uninominal, significa um nome, ou seja uma pessoa eleita. Se só uma pessoa é eleita num ciclo, a representatividade da vontade do eleitorado diminui. Aliás o vencedor apesar de ter mais votos do que cada um dos seus concorrentes, pode representar uma quantidade muito pequena de eleitores desse ciclo.


Há sistemas eleitorais que permitem «a proporcionalidade da representação partidária, promovendo o reforço da personalização dos mandatos e da responsabilização dos eleitos, sem qualquer prejuízo do pluralismo» (como diz no teu Programa Eleitoral). Mas quando só um representa o ciclo, não garantes que o pluralismo não é prejudicado.


Se for criado um ciclo nacional, para compensar a falta de representatividade, perde-se imediatamente aquilo que se quer obter com os ciclos uninominais: a personalização e responsabilização dos mandatos.
Com um ciclo nacional não só existe o mesmo problema que com os actuais ciclos distritais, como também o problema é agravado por o ciclo ter muitos mais mandato e consequentemente muitos mais candidatos. Mas pode ser ainda pior se os eleitos pelos ciclos uninominais resignarem ou suspenderem os mandatos.



Não há ponta por onde se pegue aos ciclos uninominais e as recentes eleições no Reino Unido provam isso mesmo. Presumindo que alguém no Partido Socialista fala inglês. Recomendo que vejam este vídeo o vídeo que está a baixo, que explica porque é que os ciclos uninominais são péssimos para garantir a pluralidade e a representatividade da vontade expressa pelo eleitorado.





Se quiserem uma boa ideia (ou pelo menos a menos má ideia), para um sistema eleitoral que aumenta a personalização e garante um grande nível de pluralidade e representatividade da vontade dos eleitores expressas nas votações então sugiro a adopção do sistema de voto único transferível com listas abertas. O sistema pode ser mais complicado no que toca à apuração dos mandatos, mas isso não é nada que não possa ser resolvido facilmente com tecnologia.




Por falar em usar tecnologia, por favor, não defendam a adopção do voto electrónico. É uma péssima ideia, é muito menos confiável, como é explicado neste outro vídeo e também não nos dá nenhuma grande vantagem dada a dimensão do universo de eleitores no país e da grande rapidez do processo de contagem no nosso caso.


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